A Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná) e a Faep (Federação da Agricultura do Estado do Paraná) fizeram um levantamento técnico que constatou o impacto das 26 praças de pedágio estaduais sobre o frete de grãos. O estudo verificou a contribuição do custo dos pedágios na elevação do Custo Brasil e as conseqüentes perdas de competitividade da soja e do milho em relação aos mercados argentino e norte-americano. O agrônomo Robson Masioletti, da gerência técnica da Ocepar, disse que tanto Ocepar quanto a Faep não são contra a cobrança de pedágio, mas defendem uma tarifa diferenciada para o setor agrícola. Um documento apresentado pelas duas instituições propõe descontos nos pedágios para os produtos agrícolas, corretivos e fertilizantes, com cobrança em apenas um sentido da rodovia e diferenciado em função do valor agregado do produto, e a revisão dos critérios de correção anual das tarifas. Além disso, pretendem estimular a formação de centrais de fretes, uso de recursos da Cide (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) na melhoria e modernização das estradas, e a criação de uma agência reguladora estadual de infra-estrutura. Por outro lado, as seis concessionárias de rodovias do Paraná responderam ao estudo da Ocepar e Faep, com um levantamento que aponta que o transporte por rodovias em bom estado reduzem o custo do transporte rodoviário de cargas.