É cada vez mais comum flagrantes de motoristas de caminhão consumindo drogas, principalmente as anfetaminas – popularmente conhecidas como rebites, e que faz o cérebro trabalhar mais depressa causando a impressão de diminuição da fadiga. A principal justificativa é de poder passar mais tempo ao volante sem fazer paradas para descanso, ignorando, porém, que o consumo pode causar danos irreversíveis na saúde e até levar o usuário à morte.
Pesquisa realizada pela faculdade de medicina da USP mostrou que parte dos carreteiros que passam por São Paulo consomem drogas como anfetamina, cocaína e maconha. Durante as operações de saúde promovidas pela Polícia Rodoviária Federal, entre o final de 2008 e 2011, foram coletadas urina de 1.009 motoristas e nas amostras de 90 (8,9%) havia resíduo das drogas. A maior presença era de anfetamina, estimulante do sistema nervoso central, que faz o cérebro trabalhar mais depressa.
Entre os efeitos provocados pelo consumo do rebite estão dilatação das pupilas e dos brônquios, dor de cabeça, tontura, aumento de batimento cardíaco e de pressão arterial, AVC fatal, nariz e boca ressecados, perda de peso, desnutrição, ansiedade, problemas gástricos, inquietação motora, sensações de pânico, lesões irreversíveis no cérebro, visão desfocada, confusão de pensamento etc.
Após consumir a droga de modo exagerado o usuário pode ficar irritado, mais agressivo e com depressão, desorientação e descoordenação e ter delírios persecutórios (achar que os outros estão tramando contra ele). Além disso, esses medicamentos podem causar dependência depois da segunda caixa, com danos irreversíveis à saúde. É importante ressaltar que as anfetaminas são medicamentos com “tarja preta” e só podem ser vendidos sob prescrição médica e retenção da receita. (DG)