Um acidente envolvendo produto perigoso resulta em custos muito além dos diretos e mensuráveis de um incidente. Mortes, incapacidade para o trabalho, consequências morais para os trabalhadores e familiares, imagem da indústria química e da transportadora, dimensões dos impactos ambientais, desprestígio social e credibilidade, além de problemas com as autoridades, são alguns dos custos indiretos e menos óbvios causados por um acidente com veículo transportando carga perigosa.

Além disso, conforme explica o analista de qualidade e engenharia rodoviária da CCR Nova Dutra, Sérgio Bologniesi, o meio ambiente pode ser atingido através da contaminação das mananciais, do solo e do lençol freático. Para o motorista, pode haver o risco de explosões e até morte, inclusive para os demais usuários e moradores de comunidades próximas à rodovia. “Em caso de vazamento de produtos perigosos, a transportadora e a empresa embarcadora têm obrigação de assumir todos os custos para o reparo de qualquer dano causado por carga de sua responsabilidade, além de estarem sujeitas a autuações por parte de órgãos ambientais”, afirma.

Assim, é importante que sejam realizadas ações de prevenção, programas comportamentais, sistemas de gerenciamento de riscos, gestão de performance de operadores logísticos, fiscalização e investimentos em renovação de frota e manutenção sistemática dos equipamentos. Desde 2000, a CCR NovaDutra, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, promove fiscalização de produtos perigosos na Via Dutra. Em 2010, por exemplo, 209 veículos foram fiscalizados, em 10 ações, e desse total, 154 foram autuados e quatro retidos. Foram aplicadas 302 multas e 23 documentos e três Certificados de Capacitação foram apreendidos. “Durante o período em que são realizadas as fiscalizações é notório o aumento de documentações dos veículos em ordem e a melhoria nas questões de segurança e manutenção dos veículos”, finaliza. (DG)