A ano após ano, o setor de transporte se vê diante de novos desafios a serem superados. Para a perpetuação nos negócios ro ramo, o transportador (autônomo ou empresário) tem de obrigatoriamente acompanhar essa evolução, deixar o setor.

Na prática, no dia-a-dia continuamos vendo a dificuldade pela qual passa o setor de transportes. Os problemas continuam praticamente os mesmos, com falta de financiamento adequado, estradas péssimas e sistemas de carga e descarga sem o mínimo de respeito ao motorista entre tantos outros problemas.

Mas nosso tema aqui é tornar a operação de transporte mais rentável, divulgando informações que ajudam carreteiros e frotistas a se manterem no mercado, gerando emprego e tornando a empresa ou o negócio rentável.

Sabemos que hoje em dia um item importante a prestar atenção é nos custos operacionais do transporte. O controle dos custos é determinante para o sucesso ou fracasso de qualquer empresa ou operação de transporte.

E nesse contexto, os pneus representam boa parcela dos custos, chegando a ser o terceiro maior na planilha do transportador. Isso tem de ser muito bem controlado, inclusive para se estar em melhores condições na concorrência de um bom frete.

A montagem de um departamento exclusivo para cuidar de pneus dentro de uma empresa tem seus custos pagos pela própria economia que o departamento gera, permitindo escolher melhor os fornecedores de pneus e reformas, bem como evitando roubos tendo os pneus sempre monitorados. Já existem inclusive, pneus com um chip vulcanizado em seu interior para sistemas mais complexos de monitoramento.

No caso de motoristas autônomos, um bom controle, mesmo feito em cadernos, ajuda muito na hora da compra de pneus novos, pois possibilita uma visão mais apurada de qual é a melhor marca de pneu novo e de recapagem.

A regra mais simples é controlar o custo por quilômetro rodado, desde o início de sua vida virar sucata, passando pelas reformas e consertos, que devem ter seus custos acrescidos. Dividindo esse total do custo do pneu pela quilometragem total que ele rodou durante sua vida, obtêm-se o custo por quilômetro rodado, ou CPQ (custo por quilômetro).

É nesse número que deve ser focada a atenção. O desafio é reduzir sempre esse valor.

Existem softwares específicos para controle dos pneus e até programas de controle total de toda operação de uma frota. Mas como foi dito, é fácil controlar o CPQ. Basta seguir a orientação dada acima. Os desafios sempre vão existir e devem ser encarados e resolvidos.

Vamos lembrar que uma simples revisão pode evitar muitos contratempos na estrada e riscos à carga e passageiros.

Bom trabalho e até o mês que vem.

 

Esse Boletim é de responsabilidade do Consultor na área Automotiva Pesada, Guilherme Junqueira Franco, que tem a formação TTS – Truck Tire Specialist (Especialista em Pneus de Caminhão). Dúvidas poderão ser tiradas diretamente pelo e-mail: [email protected] ou [email protected]