Por João Geraldo

Dentro de pouco tempo, os motoristas terão de pagar para rodar por mais sete estradas, entre elas grandes corredores de transporte como a Régis Bittencourt (BR 116) que liga São Paulo a Curitiba/PR e a Fernão Dias (BR 381), São Paulo a Belo Horizonte/MG. Estas duas rodovias e mais outras cinco, todas federais, acabam de ser transferidas, através de leilão, para empresas privadas. Com isso, receberão melhorias e postos de pedágio, assim como outras que já estão há anos sob concessão.

Ao todo, o governo leiloou sete trechos que totalizaram 2.600 quilômetros (veja gráfico) e destes a empresa espanhola OHL ficou com cinco, por ter oferecido os preços mais baixos de pedágio. Entre eles os mais disputados, a Régis Bittencourt e a Fernão Dias, justamente por terem um grande fluxo de veículos, principalmente caminhões. A concessão é por 25 anos e neste período a OHL vai investir R$ 4,3 bilhões no trecho São Paulo – Curitiba e outros R$ 4,6 bilhões no trecho São Paulo – Belo Horizonte.

Hoje, após 10 anos da primeira privatização no Brasil, a da rodovia Presidente Dutra, a maioria dos carreteiros entende que é mais vantajoso pagar para rodar do que trafegar por estradas precárias, com poucas condições de segurança, que acabam por provocar mais manutenção no caminhão, tornam as viagens mais demoradas e aumentam o consumo de combustível.

NOVOS TRECHOS SOB CONCESSÃO
BR-116, trecho São Paulo a Curitiba 401,60 km (06 praças de pedágio)
BR 381, trecho São Paulo a Belo Horizonte 562,10 km (08 praças de pedágio)
BR 116/PR, BR- 376/PR e BR 101/SC, Curitiba a Florianópolis 382,33 km (05 praças de pedágio)
BR 101/RJ, trecho ES ao RJ (até a Ponte Rio – Niterói) 320,10 km (05 praças de pedágio)
BR 153/SP, trecho divisa de MG/SP a Divisa SP/PR 321,60 km (04 praças de pedágio)
BR 116/PR/SC, trecho Curitiba a divisa com SC/RS 412,70 km (05 praças de pedágio)
BR 393/RJ, MG/RJ a BR 116 (até entroncamento com a Dutra) 200,40 km (06 praças de pedágio)
Fonte: ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres