Já se foi o tempo em que a palavra superaquecimento aplicada no setor de mineração referia-se a caminhões cujos tambores de freio e suas respectivas lonas esquentavam a ponto de provocar graves acidentes ladeira abaixo. Hoje, esta palavra está associada ao extraordinário crescimento no qual as empresas de mineração vivenciam.
Aliás, os caminhões dedicados a estas árduas tarefas contam com modernos sistemas de freios auxiliares, para poupar o sistema de freio de serviço. É o caso do pesadão de cinco eixos, dotado de retardador hidráulico, que a Scania testou nas cavas de minério de ferro em Minas Gerais, um R 470 10X4, cujo PBT técnico é de cerca de 65 toneladas. Com o lançamento das séries P, G e R ele foi rebatizado para G 470 10X4.
O conjunto de eixos é composto, da dianteira para a traseira, por dois direcionais (de rodado simples), dois de tração (rodado duplo) e um último (só de apoio) de rodado duplo, também direcional e equipado com suspensão pneumática.
Seu motor de seis cilindros é equipado com o sistema Turbocompound, onde uma segunda turbina reaproveita parte dos gases liberados na atmosfera, gerando cerca de 10% de potência suplementar. Faz parte ainda do “pacote” do seu trem-de-força câmbio GRS900R Opticruise (automatizado) e retarder capaz de gerar 872cv de potência de frenagem.
Do descritivo técnico, consta ainda que seu torque alcança 2.200 Nm de força entre 1.100 e 1.300 rpm, enquanto que a potência atinge os 470cv em um giro máximo de 1.900 rotações. Trata-se de mais um pesadão de múltiplos eixos para o crescente grupo de 50 toneladas de capacidade líquida de carga (SC).