O panorama atual é de excesso de caminhões e diminuição da circulação de mercadorias. Esse é o reflexo da situação econômica do País, aliada à alta da inflação e do aumento dos impostos sobre os combustíveis.
A partir do dia 1º de fevereiro, o preço do óleo diesel aumentou. O governo autorizou um reajuste no valor de quinze centavos por litro do combustível na refinaria (sendo que o aumento na bomba será maior), aumento este derivado do reajuste na alíquota do PIS/COFINS. E como repassar este custo no frete do caminhoneiro, diante do desaquecimento econômico?
Fato é que a economia nacional retraiu e, em consequência, houve redução significativa dos fretes. Menos fretes significa menos dinheiro no bolso do caminhoneiro. Com seus ganhos diminuídos, o caminhoneiro não consegue honrar seus compromissos e muitos se encontram em situação de inadimplência perante bancos, por conta do financiamento assumido na compra de seus caminhões, ou seja, a categoria se vê em apuros.
Fora isso, a cena política atual é mais um agravante. Diante dos escândalos de corrupção envolvendo políticos, empreiteiras e a Petrobras, e a crise no abastecimento de água e energia, a confiança do brasileiro no governo e suas instituições está abalada. O ano começou ruim, as previsões do mercado é de um 2015 de crescimento zero (ou negativo). Essa projeção pessimista levou setores da Esplanada dos Ministérios a defender um programa de incentivo aos investimentos como forma de garantir a volta do crescimento em 2016.
A CNTA se reuniu com representantes do governo federal, na sede do Ministério dos Transportes, e debateu medidas que possam vir a atenuar a crise no setor, apresentando propostas emergenciais para atender a necessidade da categoria. Resta agora ao governo nos compreender e agir para fazer a roda girar. Literalmente.
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