Por Daniela Giopato
Redução do número de acidentes, do tempo de viagem e dos assaltos – além de melhorias no escoamento da produção para o Sul do País e no desenvolvimento das relações comerciais do Brasil e países do Mercosul – é o que prevê a Autopista Régis Bittencourt, concessionária responsável pela rodovia Régis Bittencourt (trecho de BR-116, entre São Paulo e Curitiba) após a conclusão das obras de duplicação na Serra do Cafezal, entre os municípios paulistas de Miracatu e Juquitiba.
O trecho de 30 quilômetros na Serra – por onde passam 70% dos caminhões que utilizam a Régis Bittencourt – pode ser considerado uma das obras mais importantes e esperadas pelos carreteiros. Apesar de ser, há anos, alvo de críticas por parte dos motoristas, a previsão da conclusão da duplicação é somente para 2017.
Atualmente, somente 11 dos 30 quilômetros estão duplicados e em pleno funcionamento, do km 363 ao 367 e os 7km iniciais, do 336,7 a 344, entregues em outubro de 2012. Do trecho restante de 19 km (entre o km 344 e o 349), 6,5 km já estão em obras (do km 33,7 ao 344) na pista sentido Curitiba. No sentido oposto, as obras abrangem o trecho do km 363 ao 361,5. O projeto inclui uma pista com três faixas na subida (sentido São Paulo) e duas na descida (sentido Curitiba).
“Vamos liberar novos trechos a partir de 2014, mas a conclusão total da obra está prevista para 2017, porque há trechos muito complexos, com túneis e viadutos que serão construídos em grandes alturas e com técnicas de engenharia bastante específicas para a geografia local, com o mínimo de impacto ambiental”, explicou Êneo Palazzi, superintendente da Autopista Régis Bittencourt.
Além das obras da Serra, Palazzi destacou que há muitos investimentos já realizados e em execução na rodovia. No total a Régis recebeu R$ 1,4 bilhão em obras de recuperação, sinalização, passarelas, trevos e recuperação de pontes, entre outros. “Implantamos o atendimento ao usuário 24 horas, com serviço médico, mecânico e centro de controle operacional com monitoria realizada por 196 câmeras ao longo do trecho”, completa.
Os trabalhos na Serra do Cafezal envolverão a construção de obras de artes especiais para minimizar o impacto ambiental, já que o trajeto corta a Serra do Mar, um dos últimos fragmentos da Mata Atlântica. O projeto inclui a construção de 35 pontes e viadutos (total de sete quilômetros) e quatro túneis (total de 1,8 quilômetro), projetados para o km 349, 357, 360 e 361.
A duplicação desse trecho será realizada de maneira que já deixa preparada a infraestrutura para futura implantação da quarta faixa na subida, e uma terceira na descida. De acordo com informações da concessionária, as obras serão realizadas fora das pistas existentes, em áreas ao lado da rodovia, o que diminui a possibilidade de interferência no tráfego de veículos na BR-116.
Investimentos em rodovias |
Empresa do setor de concessões rodoviárias do Brasil, a Arteris, grupo do qual faz parte a Autopista Régis Bittencourt – tem sob sua gestão 3.250 quilômetros de rodovias e até o final de 2013 pretende investir R$ 1,3 bilhão nas nove concessionárias sob sua responsabilidade, nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais (Autovias, Centrovias, Intervias, Vianorte, Autopista Fernão Dias, Autopista Fluminense, Autopista Litoral Sul, Autopista Planalto Sul e Autopista Régis Bittencourt). Também estão previstos investimentos de R$ 140 milhões nas rodovias estaduais.
“Aqui na Régis Bittencourt temos uma de nossas mais importantes obras, que é a duplicação da Serra do Cafezal. E sabemos que essa ligação é de extrema importância para a ligação do Sul com o Sudeste do País, afirma o CEO da Arteris, David Diaz. Outras obras em execução em rodovias federais administradas pela empresa são a duplicação da BR-101/RJ , ampliação da capacidade da avenida do Contorno (BR- 01/RJ) e duplicação da BR-116/PR, entre Curitiba e Mandirituba. (DG) |