Coincidência ou não, justamente no momento do agravamento da crise aérea e das férias escolares, houve um grande crescimento no número de acidentes com vítimas fatais nas rodovias. Entre os responsáveis são apontados o aumento de veículos na estrada, excesso de velocidade, imprudência e má conservação da malha viária. Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que já foram registrados este ano mais de 68 mil acidentes e o número de mortos nas estradas já passou de 3,8 mil.
As ocorrências envolvendo caminhões quase sempre são as de maiores proporções.
A falta de paciência do motorista do veículo de passeio em relação à velocidade baixa de alguns caminhões somado ao cansaço dos carreteiros – para cumprir os horários – resultam em ultrapassagens em locais não permitidos e, consequentemente, colisões. No trecho da BR 222, entre as cidades de Brejo e Anapurus/MA, dois caminhões bateram de frente e o motorista de um deles, que transportava soja, morreu no local. Estava apenas começando na profissão, pois tinha 20 anos de idade. Em acidente, envolvendo um microônibus e uma carreta que transportava gás natural, na BR-316, em Atalaia, na Zona da Mata em Alagoas, deixou 28 feridos e sete mortos.
O balanço do mês de julho é mais assustador do que os dois últimos maiores acidentes aéreos do Brasil, que comoveram a opinião pública. Durante o período de férias (30 dias), a Polícia Rodoviária Federal registrou mais de 11 mil acidentes, sendo 6,8 mil o número de feridos e 669 o de mortos. Os óbitos em consequência de acidentes no mês de julho são 12% maior do que do mesmo mês em 2006.
A PRF tem feito sua parte no que diz respeito às recomendações de atenção em toda a viagem, distância do carro que segue à frente, planejamento e conhecimento das condições do trajeto que irá percorrer, além de não ter pressa para chegar ao destino e evitar o consumo de bebidas alcoólicas(DG).