Determinada a ser a número um nas vendas de caminhões vocacionais no Brasil, a Volvo criou uma estrutura exclusiva dedicada ao segmento e comemora o resultado de quase 30% de participação conquistados no primeiro trimestre deste ano
Por João Geraldo
Marca com maior número de caminhões pesados emplacados em 2017, a Volvo está decidida a assumir também o primeiro posto no segmento de veículos vocacionais, formado por modelos preparados para operações mais severas em terrenos fora de estrada. Para isso a montadora criou uma estrutura dedicada exclusivamente a esse mercado, o qual atende a quatro principais grupos: transporte de cana de açúcar, construção civil, transporte florestal e transporte para a mineração.
Uma das ações da empresa para manter o bom posicionamento no segmento foi a realização de um evento denominado Volvo Extreme, aonde apresentou diferentes modelos off road em operação para cerca de 200 potenciais clientes, no período de duas semanas. O evento reuniu veículos desde o VM nas configurações 6×4 e 8×4, para cana e construção, à linha FMX 4X4R, 6x4R, 6x6R e 8x4R e também os cavalos mecânicos 6X4T e 6x6T para diferentes aplicações fora de estrada.
Jeseniel Valério, responsável pela gerência comercial de caminhões vocacionais da Volvo, explicou que se trata de um segmento em a marca se destaca por desenvolver produtos que atendem às expectativas de clientes que exigem caminhões com alta tecnologia e produtividade. Acrescentou que os veículos atendem desde operações na construção – com a linha VM – a operações de transporte que exigem mais severidade, para as quais a empresa conta com a linha FMX 540, com modelos diferentes configurações de chassi, cabine, motores e eixo de tração.
“Até as cabines dos caminhões Volvo têm requisitos conforme o tipo de aplicação a que se destina, como para a cana de açúcar, madeira etc”, concluiu Valério.
O segmento tem apresentado excelentes resultados para a empresa, com destaque nos resultados deste ano. Bernardo Fedalto, diretor comercial de caminhões da Volvo, afirmou que a marca cresceu em quase todos os segmentos nos primeiros três meses deste ano. No período, o mercado de caminhões vocacionais acima de 16 toneladas atingiu 1.598 unidades, das quais 463 (29% do total) foram de modelos da marca.
“Quase que dobramos nossa participação, que no mesmo período do ano passado foi de 15%”, comemorou o executivo Fedalto. O maior volume de vendas da Volvo entre os vocacionais está na cana de açúcar, com 43% de participação nos primeiros meses deste ano, sendo a maior parte da linha FMX. O que se espera para este ano é uma recuperação do segmento, que tem sofrido redução nos volumes de emplacamento desde 2015, ano que fechou com 6.791 unidades, caindo para 4.884 em 2016 e 4.799 no ano passado.
Fedalto disse ainda que 2018 tem sido bom para os modelos pesados da marca, uma reação que teve início em setembro de 2017. De acordo com ele, atualmente a entrega de modelos da linha VM chega a demorar até 60 dias. No caso da linha F, até outubro. O executivo disse ainda que as exportações da marca também cresceram esse ano. Ele exemplifica dizendo que entre janeiro e abril desse ano 43% dos caminhões produzidos foram para o mercado externo. Lembrou ainda que durante todo o ano de 2017 esse percentual foi de 45%.
O portifólio de caminhões vocacionais da companhia conta com modelos das linhas VM e F, sendo a primeira movida por motor de 7.2 litros e seis cilindros com sistema de injeção de combustível Common Rail (de 270cv a 330cv) e caixa de transmissão I-Shift da 5ª geração, com 12 marchas à frente e duas à ré. Além da unidade automatizada, há a opção para caixa manual de 10 velocidades.
Os modelos VM contam com opção do eixo traseiro com ou sem e redução no cubo. Na versão para 32 toneladas, a redução no cubo é a mesma da linha FMX. O freio VM-EB de 235cv, sistema que conjuga a inteligência da caixa com o freio motor para proporcionar frenagens mais eficientes, é opcional na linha VM.
Já os caminhões vocacionais da linha F, representados pelos modelos FMX – com motores de 13 litros, têm seis cilindros em linha e vão de 380cv a 540cv. A versão de maior potência tem um sistema de ajuste de injeção – conforme a carga do veículo – e freio motor de 410 ou 510cv. A transmissão de toda a linha F é também I-Shift, porém, de 6ª geração, que traz diversos componentes reforçados, principalmente nos modelos da linha vocacional.
Entre outros detalhes técnicos, essa caixa, que conta com opção de uma ou duas super-reduzidas, nas versões de 13 marchas (overdrive) e 14 (direct Drive) e I-See (piloto automático que que antecipa as características da estrada). Outros diferencial da transmissão são os softwares para adequá-la à operação que o caminhão se destina, tais como trabalhos de curta distância e operações frequentes de anda e para.