Desempenho e a vida útil do pneu são diretamente influenciados por vários fatores, como manutenção mecânica, manutenção dos pneus e também por um item que muitas vezes passa despercebido: a forma de dirigir, a qual reúne certos hábitos que podem abreviar a quilometragem do pneu.

Alguns desses hábitos são os seguintes: frenagens bruscas,arrancadas forçadas, velocidades acima do limite do pneu e mudança de direção repentina, entre outros que também contribuem para reduzir a vida útil do pneu.

O hábito de fazer curvas em velocidades impróprias, seja pela carga transportada ou pela condição da estrada, provoca esforços na estrutura do pneu que fadigam a carcaça prematuramente para futuras reformas e também causam desgastes prematuros na banda de rodagem, diminuindo a vida útil do pneu e aumentando seu custo por quilômetro.

A frenagem brusca, por sua vez, merece atenção porque deve ser feita da maneira mais suave possível, para que os pneus não sofram esforços desnecessários afetando sua vida útil. O motorista deve ter a atenção redobrada, principalmente quando está dirigindo em locais de trânsito intenso para programar melhor a frenagem do veículo.

As arrancadas forçadas provocam esforços na estrutura da carcaça, os quais irão influenciar a vida útil do pneu. Isso será observado na hora da reforma, mas o problema poderá vir durante o trabalho.

Todo pneu possui um índice de velocidade máxima que deve ser respeitado, porque a carcaça foi projetada para rodar aé uma certa velocidade e carga, com o objetivo de proporcionar maior vida útil. Acima do limite previsto, o pneu sofre deformações na carcaça que vão fazê-la atingir mais cedo seu ponto de fadiga, prejudicando sua vida útil. Quando em movimento, qualquer que seja a velocidade, se a trajetória do veículo for bruscamente alterada, como o desvio de um obstáculo, por exemplo, a carcaça é submetida a esforços laterais excessivos. Se essa prática se tornar constante, a carcaça terá sua vida vida útil reduzida.

Temos visto na Internet e nas redes sociais uma prática chamada “quebra de asa” que além de destruir as carcaças dos pneus (devido a esforços para os quais não foram projetadas) podem causar sérios acidentes. Mas esse assunto passa a ser de fiscalização e punição.

Todos os tópicos acima podem afetar, além dos pneus, vários componentes mecânicos do veículo. E, se observados corretamente, irão trazer vida mais longa para as carcaças, pois as mesmas serão mais bem preservadas para as reformas, diminuindo consideravelmente seu custo por quilômetro rodado e preservando componentes mecânicos.

Consequentemente, levando a uma economia geral do custo de operação do transporte, pois essas ações estão sempre interligadas.

Bom trabalho e até o mês que vem.

Esse Boletim é de responsabilidade do Consultor na área Automotiva Pesada, Guilherme Junqueira Franco, que tem a formação TTS – Truck Tire Specialist (Especialista em Pneus de Caminhão). Dúvidas poderão ser tiradas diretamente pelo e-mail: [email protected] ou [email protected]