A organização sindical surgiu quando um grupo de trabalhadores identificou problemas e interesses comuns e conclui que a solução do impasse, exigia a construção de ações conjuntas, e não isoladas, de toda a categoria. Buscava-se a redução da jornada, o fim dos acidentes no trabalho e melhores salários. Deste anseio, emergiu um movimento de união, de organização coletiva que resultou em uma das mais importantes ferramentas de luta de classe: o Sindicato.
Historicamente os trabalhadores organizados foram fundamentais para a conquista de direitos sociais no Brasil. Passaram a ser entes de mediação na relação Estado-Trabalhador e através dela, novos direitos foram adquiridos (e outros assegurados), espaços institucionais e políticos foram concretizados e o Estado passou a reconhecer as entidades sindicais organizadas como sujeitos de direito.
Com a categoria dos carreteiros autônomos não foi diferente. Surgiu da identificação dos problemas enfrentados nas estradas, comuns à todos os transportadores que trafegam nas rodovias. Foi através do movimento sindical dos motoristas que se levantou o debate acerca da necessidade de se aprimorar o sistema de transportes brasileiro. Hoje sabemos que a evolução do País passa necessariamente pela estruturação das rodovias e o governo entendeu que a mobilidade é uma questão estratégica no desenvolvimento da economia.
Sabemos que a estrutura sindical muitas vezes não corresponde com as necessidades dos seus representados. Na atual conjuntura de competitividade e transformações que o Brasil vem sofrendo, boa parte dos sindicatos carece de representatividade, resultando numa organização pouco efetiva e incapaz de se mobilizar conjuntamente.
A CNTA, no entanto, ciente de que o sindicalismo deve se estabelecer através de bases sólidas, com liberdade e autonomia, busca constantemente a mobilização e organização da categoria, unindo os sindicatos de carreteiros autônomos em suas federações respectivas e estas por sua vez à CNTA. É a teoria de que ações conjuntas lavam a conquistas, colocadas em prática.
É preciso entender que no atual contexto, o movimento sindical dos estradeiros precisa identificar com clareza o instrumento verdadeiro de suas reivindicações. Não é difícil, no nosso meio, encontrarmos ações e recursos desperdiçados em interesses pouco produtivos para a nossa categoria, principalmente porque sobram dissidências e entidades conflitantes que historicamente se fizerem presentes na nossa luta. Portanto, para potencializarmos ações legítimas e que na prática produzam resultados, é preciso que a categoria alie-se às organizações sindicais que verdadeiramente representam o autônomo.
Não restam dúvidas de que unir o debate de nossas necessidades em uma estrutura sólida de organização sindical é de fundamental importância para enfrentarmos as questões que afetam a vida do autônomo e, via de consequência, contribuirmos positivamente para a melhoria de vida do profissional das estradas.
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