Por Elizabete Vasconcelos
Os novos caminhões Volvo das linhas F (FH, FM e FMX) e VM, com motorização preparada para atender a legislação Proconve P-7 (norma ambiental brasileira equivalente ao Euro V) representam o que há de mais moderno no portfólio da companhia para o mercado brasileiro. Os modelos da linha F ganharam 20 cavalos de potência, passando dos atuais 400, 440, 480 e 520cv, respectivamente, para 420, 460, 500 e 540. Já os atuais propulsores de 210, 260 e 310 cavalos da linha VM, passaram a ter 220, 270 e 330cv. “Desenvolvemos uma linha de caminhões que contribuirá decisivamente para atender a todas as necessidades do transportador brasileiro”, garantiu Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil.
A nova motorização da Volvo utiliza a tecnologia SCR (sigla em inglês para Redução Catalítica Seletiva) que necessita de diesel S-50 (50 partículas de enxofre por milhão), além do ARLA 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), produto necessário para o tratamento dos gases a base de água desmineralizada e 32,5% de ureia.
Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas da montadora, destaca que a empresa está muito segura da eficácia da tecnologia SCR, da qual aproximadamente 180 mil veículos da marca circulam com o sistema em países da Europa. O consumo estimado de ARLA 32 é de cerca de 4 a 5% do consumo do diesel, um número comum entre todos os fabricantes de caminhão que utilizam o sistema de Redução Catalítica Seletiva. A nova motorização aumenta os intervalos das trocas de óleo, passando de 20 para 40 mil quilômetros, devido à queima mais completa do diesel.
A linha F tem uma nova caixa de transmissão automatizada, I-Shift, com novos softwares que se interconectam de uma melhor forma com a parte eletrônica do caminhão. “As caixas I-Shift já equipam cerca de 70% dos caminhões da linha F que saem de fábrica. Este número demonstra como este equipamento é aceito pelo mercado brasileiro”, destaca Sérgio Gomes, gerente de planejamento estratégico da Volvo do Brasil.
Também faz parte das novidades da linha F um novo eixo traseiro com carcaça fundida, sem redução dos cubos, 11 quilos mais leve e com CMT (Capacidade Máxima de Tração) de 65 toneladas. “As mudanças proporcionam outras melhorias, como níveis de ruídos mais baixos e maior torque, características que garantem maior velocidade média e maior produtividade dos caminhões”, constata Álvaro Menoncin, gerente de engenharia de vendas da Volvo do Brasil.
Um destaque na linha VM é a inclusão das versões rígidas 6X2 e 4X2 com 330cv de potência. Até então, os modelos desta faixa de potência eram fornecidos apenas na opção de cavalo mecânico. As duas novas opções elevam a família de caminhões VM para nove modelos, com configuração variadas. Outra novidade do VM está no freio motor, 60% mais potente na nova versão, um ganho em segurança e em maior velocidade média nos trechos de descidas.
A parte interna da cabine passou por modificações visando melhor ergonomia e conforto do motorista, com um painel de instrumentos que, por meio de um computador de bordo, transmite todas as informações necessárias para condução com menos consumo de diesel, e aviso de eventuais falhas.
Entre várias mudanças da linha VM 2012 um destaque está na coluna do volante de direção, que antes permitia apenas dois ou três ajustes e ganhou várias opções. Além disso, o volante passou a incorporar piloto automático e controle do computador de bordo, este no novo painel de instrumentos, através do qual o motorista tem todas as informações necessárias para uma boa condução, como o consumo do veículo e aviso de eventuais falhas. Como todos os demais caminhões da marca produzidos no Brasil, a linha 2012 é equipada com o OBD (On Board Diagnosis), dispositivo eletrônico que controla os sistemas de injeção, admissão de ar e de tratamento durante toda a vida do veículo, para assegurar que os níveis de emissões sejam mantidos dentro dos limites legais.
Outra novidade é o tacógrafo digital localizado na parte superior da cabine. Na parte externa foram realizadas pequenas alterações estéticas, como a adoção de nova grade frontal, um novo símbolo da marca e as novas nomenclaturas de potência. Reinaldo Serafim, gerente de caminhões da linha VM, estima que possa haver uma alta de 15% no valor do produto. “No fim do ano é provável que mais clientes antecipem suas compras porque a Fenatran é um local de vendas e não somente de exposições, por isso poderá haver um aquecimento nas venda”, projeta Serafim.