Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que anualmente morrem cerca de um milhão de pessoas – em todo o mundo – vítimas de acidentes de trânsito. Apontado como a oitava causa de mortes no planeta, o trânsito é, também, o responsável número dos óbitos entre jovens com idades entre 15 e 29 anos. O quadro se completa com as estatísticas que apontam que a cada ano entre 20 e 50 milhões de pessoas ficam feridas em acidentes. Na tentativa de mudar esse quadro, a ONU estabeleceu metas para redução de acidentes entre o período de 2011 e 2020. A expectativa da Organização é que, em 10 anos sejam salvas cerca de cinco milhões de vidas que seriam vitimadas por acidentes de trânsito.
Baseada nas metas anunciadas pela ONU, a Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo) também propôs para as concessionárias que administram as rodovias do Estado de São Paulo que criem planos para reduzir em 50% as mortes nas estradas e 20% os feridos, até 2020. A diferença é que a ONU criou metas apenas para o número de mortos e a Artesp tem como um dos focos do programa também a diminuição do número de feridos.
As concessionárias terão de traçar um novo diagnóstico do que ocorre nas rodovias que administram e depois apresentar um plano bienal de ações – para ser aprovado pela Artesp – para que os resultados sejam alcançados. Todas as ações serão acompanhadas mensalmente pela Agência e a cada ano haverá uma avaliação dos indicadores e de possíveis ajustes nos planos.
A Agência desenvolve desde 2000, em parceria com as concessionárias e a Polícia Militar, um Programa de Redução de Acidentes (PRA), que já alcançou resultados significativos. Até 2012, o PRA conseguiu reduzir quase 50% o índice de mortes nas rodovias concedidas na primeira etapa do Programa de Concessões, e passou de 5,32 para 2,58. Já entre 2009, e julho de 2013, o índice de mortes caiu 30% na malha total do Programa, enquanto o índice de acidentes caiu 7,97%. (DG)