Por João Geraldo
A Volvo está apresentando ao mercado a quarta geração da linha VM – que completou 10 anos em 2013 – e traz como novidades a cabine redesenhada e o acréscimo de duas novas versões à família. Perto de atingir a marca de 40 mil unidades produzidas, desde o lançamento em 2003, modelo que inseriu a marca no segmento de semipesados no País ganhou um visual mais moderno próximo dos extrapesados Volvo FH que já rodam na Europa e que serão, em breve, mostrados no Brasil.
Os novos produtos trazem com eles um anúncio esperado há anos pelos clientes da linha VM, que é a disponibilidade da caixa de transmissão automatizada I-Shift , item já consolidado na linha FH. De acordo com o diretor de estratégia de caminhões do grupo Volvo na América Latina, Sérgio Gomes, a caixa de câmbio que está sendo introduzida na linha VM é a mesma que equipa mais de 90% dos veículos da série FH que saem da linha de produção na fábrica de Curitiba/PR
Porém, esta opção nos modelos VM não está ainda disponível e deve ser apresentada ainda este ano na Feira Internacional do Transporte, a Fenatran, em São Paulo. Francisco Mendonça, gerente de caminhões da linha VM, destaca que a transmissão automatizada garante maior conforto para o motorista e segurança para todo o conjunto motriz do caminhão. “Tudo é feito de forma eletrônica, precisa e suave. Sem contar que a manutenção é menos frequente”, acrescenta Mendonça. A transmissão aplicada pela Volvo não utiliza pedal de embreagem.
A novidade mais visível na nova linha VM é a parte frontal da cabine totalmente redesenhada e com novos faróis, com luzes diurnas de LED em forma de V, separadas da luz baixa. De acordo com o gerente de engenharia de vendas da Volvo, Álvaro Menoncin, além de proporcionar melhor visibilidade, as luzes de LED em V servem também como elemento de identificação visual dos caminhões da marca.
Também faz parte das mudanças a renovação do módulo do para-choque que envolve os faróis, o qual é integrado à nova grade. Estas mudanças tiveram a função de proporcionar um ar mais moderno e também de robustez à cabine. “Os novos VM têm o que chamamos de new family look da linha Volvo, o visual de todos os modelos de caminhão da marca”, acrescenta Bernardo Fedalto, diretor de caminhões da companhia.
Dentro da cabine, a atualização abrangeu a padronagem dos tecidos que forram os bancos, teto e painéis. O engenheiro de vendas do projeto do novo VM, explica que a Volvo decidiu manter a atual ergonomia do caminhão porque trata-se de um item aprovado pelos motoristas, que reconhecem o ambiente de trabalho do modelo como o melhor entre os veículos de carga desta categoria.
Outra novidade que chega junto com a nova linha VM são as duas novas configurações de eixo, 8X2 e 8X4 indicadas pela fábrica para operações em curtas e médias distâncias. Os caminhões com quatro eixos aumentam a capacidade de carga, e no caso da versão traçada, por exemplo (8X4), uma das aplicações é do veículo operar como betoneira e caçambas.
“Dependendo do tipo de operação, os caminhões com quatro eixos podem transportar cerca de cinco toneladas líquidas a mais em relação a um veículo de três eixos”, destaca Ricardo Tomasi, engenheiro de vendas da Volvo do Brasil. “Na prática, esse aumento representa um ganho de uma a cada quatro viagens”, calcula Sérgio Gomes.
Já Marcos Mildenberg, engenheiro de planejamento do produto da Volvo, destaca que o VM nas configurações 8X2 e 8X4 possibilita ao transportador ganhar tempo, pois o veículo já sai configurado da linha de montagem da Volvo. “Além desta vantagem, há outros benefícios, como garantia de fábrica, confiabilidade e um projeto desenvolvido pela própria Volvo”, conclui.
O segundo eixo direcional das duas versões possui suspensor, cujo comando é no painel de instrumentos. Outro destaque é o sensor de carregamento, que a partir dos 10 quilômetros por hora evita que o motorista levante, de forma equivocada, o eixo direcional. Conforme explica Ricardo Tomasi, o VM equipado com motor de 330cv tem uma grande oferta de tomadas de força, enquanto na versão de 270cv 8X4 há ainda uma tomada de força no motor para aplicações nas quais é preciso o funcionamento do implemento com o caminhão rodando, como betoneiras, por exemplo.
