Por João Geraldo

Em 1970, a indústria de implementos rodoviários já estava consolidada para atender as necessidades do transporte rodoviário movimentando todo tipo de carga gerada por um País que propagava o milagre brasileiro. O crescimento do PIB, investimentos em grandes obras e o desenvolvimento industrial formavam um conjunto de acontecimentos ao qual o governo militar da ocasião chamou de “milagre brasileiro”.

Os semi-reboques de um e dois eixos já estavam no mercado desde 1960. Aliás, entre 1955 e 1974 o transporte rodoviário de cargas brasileiro entrou numa fase de evolução sendo o modal rodoviário um dos que mais cresceu no período, com um salto de 26,9 bilhões de toneladas por quilômetro para 184,8, enquanto o ferroviário saltou de 9,3 para 47,6 e o de cabotagem de 11,3 para 24,9 bilhões de toneladas por quilômetro rodado.

Os semi-reboques de três eixos tiveram uma época áurea no transporte e mais recentemente foram preteridos pelo bitrem e rodotrem, composições com maior capacidade de carga e que conquistaram rapidamente os transportadores rodoviários de carga. Com os novos implementos surgiram o problema do peso, uma vez que as estradas e principalmente as pontes – muitas delas construídas há décadas, quando a realidade do transporte era outra – passaram a ser uma ameaça à segurança.

A meta de oferecer equipamentos mais leves, duráveis, eficientes e ecologicamente corretos, levou os fabricantes do setor a investirem no desenvolvimento de equipamentos com novos materiais, mais leves e resistentes. É desta safra a linha Brasilis de semi-reboques graneleiros e carga seca, lançada pela Randon em julho passado, cujos painéis são compostos por chapas de aço galvanizadas e pré-pintadas e madeiras de reflorestamento com placa de PVC em seu interior.

A preocupação em aplicar materiais que não agridem a natureza, inclusive no processo de pintura, e também mais leves na construção de semi-reboques é também uma preocupação da A. Guerra, desde que a empresa lançou sua geração 2005 no ano passado. Outro fabricante do setor que também produz semi-reboques de todos os tipos dentro dos conceitos mais modernos do mercado é a Noma, cujos produtos também populam as estradas brasileiras.

O Brasil é muito bem atendido pela industria de implementos rodoviários, com dezenas de empresas estabelecidas nas regiões Sudeste e Sul do País. Uma das marcas mais recentes do mercado é a Rodolinea, instalada na região Metropolitana de Curitiba/PR, que recentemente lançou uma nova linha de produtos.