As empresas Randon, de Caxias do Sul/RS, fechou o ano de 2006 com o melhor desempenho dos 58 anos de história do Grupo, com uma receita bruta consolidada de R$ 2,89 bilhões e a líquida alcançou R$ 2,02 bilhões, 4,4% a mais do que em 2005. Esses números, segundo o diretor Corporativo e de Relações com os Investidores da empresa, Astor Milton Schmitt, signifi cam um resultado sem precedentes. “Nos últimos cinco anos o Grupo registrou um crescimento médio anual de 25% na receita líquida”, afi rmou.
Esse resultado, segundo Schmitt, é atribuído à recuperação gradual da crise agrícola, ao impulso dado pela bionergia ao setor sucroalcooleiro e ao desempenho das exportações. Em 2006, as Empresas Randon faturaram R$ 206,9 milhões com as vendas no mercado externo, com crescimento de 21,3% sobre o ano anterior. As exportações representam hoje mais de 22% das receitas totais, disse. Mercosul e os países do Nafta respondem por 61% do total e o restante se divide entre as demais nações da América do Sul, América Central, África e Europa. Explicou que a internacionalização vem sendo perseguida com insistência, apesar dos problemas cambiais.
Vale lembrar a confiança dos executivos da Randon no mercado asiático, apesar dos recentes sustos dados pela Bolsa de Valores de Xangai, ao admitirem que mais cedo ou mais tarde terão que marcar presença naquela região. Astor Schimitt lembrou que a Randon conta com parceiros importantes na China e que os primeiros contatos o país já têm 25 anos. “A questão é fazer investimentos e não apenas negócios”, afi rmou. A mão-deobra segue como principal atrativo. “O chinês se dispõe a trabalhar mais e mais barato, seja pelo motivo que for, gostemos ou não”, enfatizou. Além disso, o mercado também é atrativo, pois a China produz 100 mil semi-reboques por ano, mais de duas vezes o total do Brasil.
Em relação ao mercado interno, as perspectivas são otimistas, mas Schimitt ressalta que, mais uma vez, o Pais crescerá menos do que os demais emergentes. O jeito é pensar em médio prazo. O que fará a diferença, acredita, serão os investimentos em bioenergia e os da indústria automotiva(EO).