Explosões, vazamento de carga tóxica, interdição de pista, danos ao meio ambiente tais como poluição do solo e bacias hidrográficas são alguns dos riscos quando ocorre um acidente envolvendo veículos que transportam produtos perigosos. Um dos fatores principais das causas de acidentes ainda é a falha humana, por isso é importante que sejam realizadas ações preventivas, programas comportamentais, fiscalização, investimentos em renovação de frota, manutenção sistemática dos equipamentos, entre outros.
Dados da CCR NovaDutra – concessionária responsável pela Via Dutra (eixo São Paulo/Rio de Janeiro) – mostram que em 2006 foram computados 44 acidentes envolvendo produtos perigosos, na rodovia que administra. Em 2007, as ocorrências subiram para 52 e depois para 56, em 2008.
Na tentativa de reduzir esses números, a concessionária e a Polícia Rodoviária Federal promovem, em parceria, ações de fiscalização em veículos que transportam produtos perigosos. Durante as abordagens, é feita uma ação de conscientização dos motoristas e transportadoras sobre a importância da manutenção periódica do veículo e do cumprimento das normas de segurança estabelecidas.
Durante a blitz a PRF verifica a estrutura e documentação do veículo e da carga, sistema de freios, luzes, equipamentos de segurança, pneus e chassis, entre outros itens. O veículo que apresenta irregularidades é autuado, podendo ser até retido. A transportadora dona do caminhão, o destinatário, ou o fabricante do equipamento também podem sofrer sansões da lei. Em 2008 foram realizadas 16 blitze, dos 335 veículos fiscalizados 233 receberam notificação e 14 tiveram o certificado de capacitação apreendido. Este ano, dos 120 caminhões fiscalizados, em seis operações, 77 foram notificados; havendo a apreensão de um caminhão e quatro certificados. As principais irregularidades encontradas durante as blitze são pneus com desgaste excessivo, certificados vencidos, trincas nos chassis e rodas, documentação irregular, painéis e rótulos de risco irregulares ou danificados (DG).