A Revista O Carreteiro completa 50 anos. Nesse período, como foi a evolução dos caminhões? Quando a edição número 1 da revista o Carreteiro chegou às estradas, em julho de 1970, os caminhões eram bem diferentes do atuais.

Barulhentos, com cabines apertadas e baixa potência, não dispunham de ar-condicionado ou vidros com levantadores elétricos e direção com assistência hidráulica. Portanto, o conforto não era ainda um privilégio de todos os modelos e nem estava entre as prioridades dos fabricantes do setor.

Com a chegada no País de novas montadoras, o incremento da tecnologia e a especialização do transporte rodoviário de cargas, o caminhão foi deixando de ser o veículo carrega tudo e ganhou definição para o tipo de aplicação

O CLIENTE

Outro passo importante na trajetória do transporte é que o compromisso da concessionária e do fabricante do caminhão deixou de encerrar após entrega do veículo ao cliente.

Isso porque, manter o veículo rodando o maior tempo possível passou a ser fundamental para o resultado positivo do negócio de transporte. Com isso, o atendimento pós-venda e a manutenção preventiva ganharam mais importância. O transportador tinha de se dedicar a transportar e ter oficina própria já não era tão vantajoso.

BUSCA PELA EFICIÊNCIA

A busca pela eficiência provocou uma mudança na preferência dos transportadores, que passaram a preferir os caminhões com cabina avançada (cara-chata) ao invés dos convencionais. O motivo não era outro senão transportar mais carga por veículo, já que o espaço ocupado pelo motor – sob o capô – seria transferido para a plataforma de carga. Scania e Volvo foram as primeiras a tirar de linha os modelos bicudos.

E o conceito de ouvir o transportador para lhe oferecer o produto mais adequado foi ganhando espaço no mercado. Consequentemente convidar clientes para mostrar um produto para determinado segmento, ouvir suas sugestões de alterações, também.

MOTORISTA

Além disso, as inovações nos caminhões e a era da eletrônica embarcada, em 1990, começaram a exigir melhor preparação dos motoristas. Além da entrega técnica, que passou a ser uma importante ação a fim de adequar o produto à aplicação a que será submetido. Atualmente, embora a frota esteja bastante envelhecida, o caminhão é visto mais como uma solução para o negócio de transporte do que propriamente como um veículo de carga.