Com a queda das vendas dos caminhões equipados com cabine convencional, representados hoje pelo Volvo NH, Scania T e os modelos Ford da linha F (F-4000, F-12000 e F-14000), o mercado brasileiro se firma de vez no modelo europeu de transporte rodoviário de cargas, onde os cargueiros de cabine avançada representam mais de 90% da frota.
A Scania, que fez grande sucesso com sua série T (cabine convencional) já anunciou a intenção de tirar de linha os modelos bicudos, no próximo mês de outubro. A Mercedes-Benz, que produz o LS 1938 também viu as vendas do modelo de capô caírem. Na recém-lançada família Axor, por exemplo, não existe extrapesado com cabine convencional, argumento mais do que suficiente para mostrar o desinteresse do mercado pelos caminhões com capô. E apesar da racionalização do transporte, fato que levou o mercado a preferir os cabine-avançada, o L 1620, caminhão mais vendido da marca Mercedes-Benz, é um bicudo.
A Iveco, por sua vez, sempre foi conhecida no País por seus modelos cara-chata. Uma versão importada chamada Star Power não emplacou, enquanto a Volkswagen e a Ford têm suas vendas centradas no modelos com cabine avançada, embora a Ford conte ainda com a linha F para caminhões urbanos.
Nesta migração do mercado para veículos com cabine avançada, um executivo da Volvo já adiantou que a companhia vai manter em produção o NH 12, versão do FH 12com cabine convencional. “Existem aplicações específicas que este tipo de caminhão é muito solicitado, por isso vamos mantê-lo”, disse.