Os motoristas que passarem por estradas da região de Campinas/SP poderão conhecer de perto o Amortecedor de Impacto, dispositivo desenvolvido para absorver a colisão e preservar a vida dos ocupantes de veículos automotores. Composto por baias internas feitas por cartuchos de polietileno e uma defesa metálica corrediça nas laterais, o equipamento foi instalado primeiramente no trecho da SP-332, que liga Campinas à Paulínia, e, recentemente, na praça de pedágio Estiva Gerbi, localizada no km 193 da rodovia SP 340, em Mogi-Guaçú/SP. O dispositivo é recomendado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

O diretor de Operações de Engenharia da Renovias, Paulo Roberto Damha, disse que por observações e experiências de outros lugares, sabe-se que o Amortecedor de Impacto é eficiente e reduz a severidade dos acidentes e por isso a concessionária vai implantar o equipamento nos trechos onde identificar que seu uso seja imprescindível. Apesar de ser ainda novidade no Brasil, trata-se de um dispositivo já conhecido nos Estados Unidos e Europa. Sua chegada no Brasil introduz o conceito norte-americano da “rodovia que perdoa deslizes do motorista”, enfatiza o especialista em Segurança Viária, Nelson Mattos. Ele observa que quando ocorre um acidente é comum apontar a imperícia do motorista, falar em consumo de álcool ou excesso de velocidade, mas raramente se ouve cobranças quanto às condições da rodovia e ausência de dispositivo de segurança. “As diretrizes de segurança viária estão 40 anos atrasadas em relação a outros países desenvolvidos”, diz o especialista, acrescentando que nossas regras são da década de 70 e que agora a ABNT está modernizando suas exigências, entre as quais está o Amortecedor.