Fórmula da Produtividade

Por Antônio Lauro Valdivia Neto

Este fato aconteceu com dois motoristas autônomos em uma de suas paradas enquanto eles folheavam a Revista O Carreteiro. Entre as matérias eles viram uma que chamou atenção, e deu origem a descobertas importantes para eles e para os demais motoristas que trabalham com transporte.

Decobriram que não é só a velocidade que determina a produtividade de um caminhão e seu motorista, porque além dela há uma série de fatores como a quantidade de dias que se trabalha com o caminhão, o número de horas trabalhadas por dia, o tamanho do percurso e o tempo que se leva para carregar e descarregar. Olha só esta fórmula:

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Foi então que, intrigados, Tião e Roni resolveram examinar a matéria mais atentamente. E o que a primeira vista parecia complicado, olhando com um pouco mais de calma e lendo as explicações, eles chegaram a conclusão que ela tinha a sua lógica, ou seja, para calcular quantas viagens dá para fazer em 1 mês para determinada localidade. No meio do texto, uma fórmula dividia o tempo dedicado ao trabalho por mês pelo tempo que se demora para realizar o serviço de transporte.

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Sendo o total de horas trabalhadas no mês nada mais que o número de dias trabalhados no mês vezes a quantidade de horas trabalhadas por dia.

E a duração do serviço sendo a soma do tempo que se perde carregando e descarregando o caminhão com o tempo de viagem, que é igual a distância a ser percorrida dividida pela velocidade média que o veículo consegue atingir no trecho em questão. Roni ficou tão contente com as conclusões que eles chegaram que até se sentiu no direito de chamar a atenção do amigo sobre alguns fatos que lhe parecia importante naquele momento.- É Tião, mas nós, carreteiros profissionais, não podemos esquecer que quando se fala em tempo de serviço em transporte ou simplesmente “viagem” para alguns, deve-se considerar sempre a ida e a volta, pois como o texto mesmo diz não dá para ir sem voltar nem voltar sem ir.

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Mas Tião não ficou atrás e também quis demonstrar ao amigo seus conhecimentos para cutucar seu colega mais um pouco:- Não adianta nada correr como um louco com o caminhão, gastando excessivamente diesel, os pneus, os freios, etc e tal, e trabalhar apenas quatro ou cinco horas por dia. Né Roni?

Mas Roni não vestiu a carapuça nem ficou chateado com as indiretas do amigo, pois no fundo ele sabia que a sua fama era muito mais o resultado das estórias fantasiosas que ele contava para distrair os colegas do que propriamente de seu comportamento como motorista. Na realidade, ele se considerava bem responsável, sempre pensando na segurança e no seu bolso.

Veja se você leitor, também consegue tirar mais algumas conclusões da fórmula apresentada neste texto, e nos mande pelo correio ou por e-mail: [email protected] ou [email protected]