Por Evilazio de Oliveira

Com 40 anos de boleia, a Revista O Carreteiro tem acompanhado o desenvolvimento da economia do País desde que o transporte rodoviário de cargas começou a se expandir, com a construção de novas estradas e a abertura de novos mercados consumidores. Nesse período, e com uma linha editorial identificada com o estradeiro, a publicação cresceu e tornou-se uma companheira inseparável dos motoristas de caminhão. Hoje, conhecida e respeitada no trecho, passa de mão em mão e chega a ser trocada como antigamente se trocavam gibis, como revelam alguns leitores. O transporte rodoviário cresce e novas tecnologias são agregadas aos caminhões; novos modelos de gestão são aplicados ao setor, em termos administrativos e de logística. E a revista acompanha essas mudanças, sempre ao lado do carreteiro.

O gaúcho Flávio Wruck lembra que conheceu a Revista O Carreteiro há cerca de 10 anos por intermédio de seu pai, que era motorista de caminhão
O gaúcho Flávio Wruck lembra que conheceu a Revista O Carreteiro há cerca de 10 anos por intermédio de seu pai, que era motorista de caminhão

O autônomo Flávio Wruck Timm, 30 anos e cinco de profissão, natural de Pelotas/RS, conta que conheceu a Revista O Carreteiro há cerca de dez anos, por intermédio do pai, que também trabalhava como motorista de caminhão. Lembra da emoção que sentiu num final de ano em que estava no Espírito Santo, longe da família, e leu uma reportagem sobre motoristas que passavam as festas natalinas longe de casa. “A minha situação era idêntica a de muitos colegas estradeiros, havendo uma identificação imediata.” Acrescenta que é essa identificação de histórias, de problemas e da vida que faz com que a revista seja lida sempre com muito prazer.

Através da publicação, é possível ficar sabendo de notícias de colegas que não se vê há tempo, comenta Heldomar Pagel, de Minas Gerais
Através da publicação, é possível ficar sabendo de notícias de colegas que não se vê há tempo, comenta Heldomar Pagel, de Minas Gerais

Heldomar Pagel Hartwig, natural de São Lourenço do Sul/RS, tem 28 anos e oito de direção. Conheceu a revista logo que foi para a estrada, e se diverte com as histórias e situações dos motoristas, por saber que todos têm os mesmos problemas. Também gosta de saber das notícias de colegas que há tempos não encontra no trecho. Garante que lê todas as reportagens com muito interesse.

Às vezes tem de trocar revistas com outros motoristas, comenta Argeu Debus de Almeida, ao destacar informações publicadas sobre caminhões
Às vezes tem de trocar revistas com outros motoristas, comenta Argeu Debus de Almeida, ao destacar informações publicadas sobre caminhões

Na opinião do estradeiro João Espinoza, 48 anos e 22 de estrada, e atualmente trabalhando ao volante de um Scania 86, no transporte internacional, a revista tem grande utilidade para os carreteiros porque mostra os verdadeiros problemas do setor, transmitindo as palavras dos próprios motoristas. Segundo ele, reportagens sobre o dia a dia dos carreteiros, a vida na estrada, a situação dos pedágios, segurança e até mesmo sobre saúde são muito úteis. “E, pra completar, é muito bonita, fácil de guardar e de ler”, destaca.

Para João Esponoza, a publicação transmite as palavras dos próprios motoristas e mostra os problemas do setor e o dia a dia na estrada
Para João Esponoza, a publicação transmite as palavras dos próprios motoristas e mostra os problemas do setor e o dia a dia na estrada

Para Argeu Debus de Almeida, 28 anos e dez de profissão, também atuando no transporte internacional, a Revista O Carreteiro inclui informações sobre o mercado de caminhões e outras muito úteis também. Garante que gosta muito da leitura. “Muitas vezes trocamos revistas com outros motoristas como se trocavam gibis antigamente.”
O pai de Argeu Debus de Almeida, o também carreteiro Marciano Barbosa de Almeida, natural de Itaqui/RS, tem 56 anos e 15 de estrada. Conheceu a publicação quando começou a viajar. Aproveita para ler durante os períodos em que está nas filas da aduana ou enquanto aguarda para carregar ou descarregar. Mas o que gosta mesmo é de ler a revista em sua casa, sossegado.

Hoje com 56 anos de idade e 15 de estrada, Marciano Barbosa aproveita as filas de espera na aduana ou enquanto aguarda para carga ou descarga para ler a revista
Hoje com 56 anos de idade e 15 de estrada, Marciano Barbosa aproveita as filas de espera na aduana ou enquanto aguarda para carga ou descarga para ler a revista

Leandro Marques Lunardi, 31 anos e dez de profissão, é membro de uma família de motoristas, por isso conhece O Carreteiro desde criança. Sempre foi um apaixonado por caminhões, e se encantava com as reportagens que lia e com os novos modelos de pesados que eram lançados no mercado. Ele conta que a família Lunardi possui seis caminhões, todos atuando no transporte internacional. E a Revista O Carreteiro passa de mão em mão, pois todos se interessam pelas reportagens que falam sobre estradas, profissão, pneus, matérias técnicas e, é claro, os Recados e o Bate-Coração.

Membro de uma família de motoristas, e apaixonado por caminhões, Leandro Marques comenta que a publicação passa de mão em mão
Membro de uma família de motoristas, e apaixonado por caminhões, Leandro Marques comenta que a publicação passa de mão em mão

Outro leitor antigo, Paulo Rosa dos Santos, 45 anos e 12 de estrada, natural de São Luiz Gonzaga/RS, trabalha com uma carreta graneleira e considera a Revista O Carreteiro como o mais legítimo porta-voz da categoria. Desde que saiu da lavoura e foi para a estrada trabalhar como motorista, se tornou um “leitor voraz” de todas as edições. Costuma pegar seus exemplares em posto, na Régis Bittencourt, na saída de São Paulo. Aproveita para fazer uma reclamação: acha que os postos de pedágio deveriam ter área específica para o estacionamento de caminhões, em razão da grande dificuldade de se conseguir estacionar nas proximidades das grandes cidades, principalmente ao anoitecer. E, como os pedágios são caros, nada mais justo de que fossem oferecidas áreas de estacionamento.

É o legítimo porta-vóz da categoria, classifica Paulo Rosa dos Santos, que há 12 anos deixou de trabalhar na lavoura para ser motorista de caminhão
É o legítimo porta-vóz da categoria, classifica Paulo Rosa dos Santos, que há 12 anos deixou de trabalhar na lavoura para ser motorista de caminhão

Em Porto Alegre/RS, o economista Mário Danton Gomes de Campos, 55 anos, costuma ler a revista todos os meses. Ele se confessa um apaixonado por caminhões, transportes e logística e, por meio da Revista O Carreteiro, sempre se mantém atualizado sobre esses assuntos. Depois de ler, passa os exemplares adiante, pois sempre tem gente interessada. Ele gosta, sobretudo, de acompanhar a dinâmica do transporte rodoviário de cargas, com caminhões cada vez mais modernos e capazes de transportar mais cargas por distâncias grandes e com muito conforto para o motorista. Também elogia a linguagem acessível a todos os leitores e as coberturas da F-Truck. “Gosto muito do formato, da facilidade de leitura e de todos os assuntos tratados”, afirma Mário. Ele aproveita para dar uma sugestão: “Que tal se publicassem algumas notas, mesmo pequenas, sobre automóveis, já que todo carreteiro ou a família também tem carro pequeno em casa?”

O economista Mário Danton de Campos diz que costuma acompanhar a dinâmica do transporte rodoviário de cargas e elogia o formato e a facilidade de leitura
O economista Mário Danton de Campos diz que costuma acompanhar a dinâmica do transporte rodoviário de cargas e elogia o formato e a facilidade de leitura

O jornalista gaúcho Wagner Dilélio, especializado na área de transportes, conheceu a Revista O Carreteiro em 1988, quando passou a ser leitura obrigatória na obtenção de novas informações e conhecimentos do mercado, além de inspiração para novas pautas. “Enfim, a revista faz parte da rotina da minha atividade profissional como repórter. Além do mais, os temas tratados na publicação são pertinentes e comuns aos interesses de carreteiros autônomos, empregados e transportadores”, salienta.

Wagner Dilélio, jornalista especializado na área de transporte acompanha O Carreteiro desde 1988, como parte de sua rotina profissional
Wagner Dilélio, jornalista especializado na área de transporte acompanha O Carreteiro desde 1988, como parte de sua rotina profissional