Criada em 1997, em Concórdia/SC, com a missão de formar motoristas de carreta e educá-los para maior segurança nas rodovias e ao mesmo tempo capacitá-los para obter menor custo operacional no transporte, a Fabet – Fundação Adolpho Bósio de Educação no Transporte, lançou no início de dezembro a pedra fundamental para a construção da sua unidade em São Paulo. Localizada no km 66,5 da rodovia Castelo Branco (sentido Interior), município de Mairinque, a Fabet São Paulo atenderá a demanda existente nos mercados do Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
As obras terão início em janeiro de 2009 e a expectativa é que a primeira fase do projeto esteja concluída no segundo semestre, a qual inclui 12 salas de aula, laboratórios de informática, de rastreamento via satélite, de trem-de-força e pneus. Também está previsto no projeto a construção de um auditório com capacidade para 550 pessoas e uma pista de avaliação veicular de 830 metros de extensão, além de biblioteca, restaurante e alojamento para 120 pessoas. No total, a unidade terá capacidade para atender 240 motoristas por mês.
A unidade paulista conta com a parceria de várias empresas. A Scania, por exemplo, cedeu 15 caminhões novos em regime de comodato (a montadora tem outros 15 operando em Concórdia), a Randon dois semi-reboques (sider e frigorífico) e outras empresas como Ambev, Martin-Brower (empresa de logística) e Odebrecht,entre outras que também entraram na parceria com recursos em dinheiro. João Capussi, gerente executivo de marketing e comunicação comercial da Scania no Brasil, disse na ocasião do lançamento da pedra fundamental que não adianta apenas produzir caminhões com a mais alta tecnologia se este patrimônio não for bem conduzido nas rodovias e por pessoas preparadas.
De acordo com Osni Roman, diretor superintendente da Fabet, quando os motoristas passam pelo treinamento é possível conseguir uma redução no consumo de combustível da frota de 15%, além de um aumento de 10% na vida útil dos pneus e redução em 47% dos sinistros. Salete Marisa Argenton, gerente de extensão e parcerias, acrescenta que hoje o País tem uma frota de 2,1 milhões de veículos de carga em um cenário de 130 mil transportadoras que geram 5 milhões de empregos e mesmo assim há uma carência de 90 mil motoristas qualificados para atender a necessidade do mercado atual.