Item de segurança indispensável para veículos automotores, o farol é também responsável por muitos acidentes, à noite, em razão do ofuscamento da visão dos motoristas que trafegam no sentido frontal à luz. Isso sem considerar a falta de regulagem do facho de luz que pode prejudicar ainda mais a visibilidade de quem segue no sentido oposto.
Na tentativa de reduzir esse quadro, a AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) encaminhou ao Denatran um projeto de lei para a regulamentação do Sistema de Iluminação Antiofuscante (SIAO). De acordo com a entidade, o sistema funciona a partir da instalação de películas transparentes polarizadoras da luz nos faróis e na parte interna do veículo.
Podem ser acopladas ao quebra-sol ou no pára-brisa e atenuam em até mil vezes a intensidade da luz e, consequentemente, o ofuscamento. E mesmo com o dispositivo SIAO, os faróis atuais emitem luz suficiente para atender a regulamentação de trânsito.
Quando o motorista recebe incidência de luz muito forte, seus olhos demoram cerca de cinco segundos para se adaptarem novamente e perdem, momentaneamente, a capacidade de enxergar. Segundo José Roberto Villa Nova, membro da comissão de segurança veicular da AEA, no momento em que a luz dos faróis incide sobre os olhos, cria-se uma região onde não é possível ver nada à frente durante segundos. “É uma zona cega, que gera alto risco de acidentes”, diz.
Algumas vantagens do SIAO, conforme explica Villa Nova, é o fato do sistema ser aplicável a todos os tipos de veículos e em faróis com diferentes intensidade de iluminação. Além disso, faróis desalinhados ou desníveis no asfalto, não interferem no funcionamento do dispositivo.(DG)