Portadores de doenças metabólicas como o diabetes, alterações dos sistemas, hipertensão, condições transitórias como gravidez ou perda da condição de normalidade como vítimas de acidentes, idosos com problema motor, deficientes mentais, entre outras situações que levem a um tipo de condição que necessite de atendimento diferenciado por um período ou por toda sua vida, devem receber uma atenção maior em relação a higiene bucal, para evitar possíveis alterações na saúde física como um todo.

O alerta é do cirurgião-dentista Dr. Cássio Melo, responsável pelos atendimentos realizados no Odontomóvel, que considera o preconceito, a vergonha e a falta de informação os principais fatores que prejudicam o atendimento e tratamento odontológico em pessoas que necessitam de atenção especial. “A situação da saúde bucal deste tipo de paciente tem sido pouco estudada e dados fidedignos são escassos no Brasil. Esta realidade atinge cerca de 10% da população brasileira, hoje representada por cerca de 15 milhões de deficientes, em sua maioria assistidos esporadicamente, em caráter de benemerência”, explica o cirurgião.

A colaboração de parentes, segundo Dr. Cássio, é fundamental, principalmente nos casos de pacientes com dificuldades motoras e deficiências mentais, pois estes não realizam a correta higiene bucal, seja parcial ou total. “No dia-a-dia, a higiene deve ser monitorada ou mesmo realizada pelo parente ou pelo colaborador contratado sempre após as refeições, que deve ser balanceada com menor ingestão de açúcares e amidos. Qualquer alteração verificada no meio bucal, como sangramento, mobilidade, dificuldade de mastigação entre outros deve ser comunicada imediatamente ao profissional. A visita regular ao dentista, de preferência especialista nesta área, também é um item importante”, acrescenta Melo. (DG)