Com uma frota em torno de 4.500 unidades, envelhecida em cerca de 20 anos, a maior parte dos caminhões blindados para o transporte de valores em operação está montada sobre chassis de modelos leves, a maioria da marca Mercedes-Benz. Recentemente a montadora apresentou dois novos produtos para os implementadores, o MB 712 E e o 915 E, fornecidos com o chassi preparado para receber a blindagem, com o nome de Rhimus 700 e Rhimus 900, respectivamente. Depois de montado, o veículo pode passar de cinco toneladas de peso, de modo que sobra pouco para a carga.

De acordo com Celso Cambi, diretor de Operações da TCT Blindados, empresa que tem uma linha de montagem de caminhões para o transporte de valores e cargas especiais, com 85% do mercado neste segmento com a produção entre 40 e 45 unidades/mês, com os novos produtos é possível reduzir em 30% o tempo de montagem do veículo, o que significa cerca de 20 horas de trabalho, porque o chassi dispensa modificações no encarroçamento.

Segundo Gilson Mansur, diretor de vendas da DaimlerChrysler, os novos chassis foram desenvolvidos em parceria com a TCT. Ele lembra que a partir de 1995 este tipo de veículo passou a ter uma legislação e no ano 2000 uma portaria proibiu que continuasse a ser montado sobre chassi de ônibus. No ano seguinte veio a exigência de aplicar blindagem também no teto e piso e com isso os fabricantes de chassis tiveram de criar produtos específicos para o segmento.

Pedro de Aquino, gerente de Marketing da Ford Caminhões, diz que a empresa foi a primeira a ter um chassi específico para o setor, lançado em fevereiro de 2002 e do qual foram vendias 140 unidades no primeiro ano e seu veículo continua com boa aceitação. A Volkswagen e a Agrale também oferecem chassi para esta finalidade. A expectativa de Cambi é que haja uma substituição da frota de blindados na média de 10% ao ano, o que representa quase 500 unidades anuais (JG).