O hábito de ranger os dentes e atritar uma arcada dentária contra a outra recebe o nome de bruxismo, doença que não se sabe ao certo como surge, porém, é sabido que fatores como o estresse emocional e físico, disfunção e sobrecarga dos músculos mastigatórios, interferência oclusal, perdas dentárias e patalógicas das vias aéreas superiores, entre outras ocorrências, podem acarretar ou acentuar o problema.

Estudos mostram que o bruxismo atinge cerca de 15% das pessoas, e que em quase 100% dos casos é provocado pelo estresse. Além disso, a maioria dos pacientes estão sob forte tensão emocional e têm o fechamento da boca inadequado.

Dr. Cássio Melo, responsável pelos atendimentos realizados no Odontomóvel, explica que o estado emocional do paciente está diretamente relacionado com a hiperatividade muscular. “O estresse, depressão, uso de drogas, ansiedade, medo e expectativas incertas sobre o futuro podem desencadear esta atividade parafuncional”, alerta.

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Durante o sono é mais freqüente o paciente realizar a ação de ranger os dentes já que, conforme explica Dr. Cássio, inconscientemente não conseguimos ter controle das forças utilizadas nesta ação. Talvez por este motivo, o diagnóstico seja feito apenas quando surgem as complicações. Certos problemas como dores de cabeça tensionais, dor da articulação da mandíbula e até estalos, travamento e restrição da abertura da boca e o desgaste dos dentes ou quebra podem ser desencadeados pelo bruxismo. “O primeiro passo para tratar a doença é reconhecer o problema e fazer um check up da boca com o dentista. É importante, também, saber o que causa esta tensão psicológica e tentar solucionar com esportes, ioga e exercícios de relaxamento. Outro método utilizado é o encaixe de placas de acrílico na arcada dental durante a noite. (DG)