Por João Geraldo

Três anos após iniciar a produção dos seus primeiros eletrônicos no País para atender a Volkswagen na Alemanha, a MWM apresenta ao mercado uma nova família de motores diesel para atender os caminhões, ônibus, picapes e vans produzidos no Brasil e também para veículos de outros países. Atualmente a empresa fornece seus produtos para mais de 15 clientes incluindo fabricantes de veículos pesados, médios, leves, picapes, tratores, geradores, retroescavadeiras e outros.

Batizada de Acteon, numa alusão à tecnologia que incorpora, os novos motores são produzidos em duas versões, 4.12 TCE e 6.12 TCE, de 4.8 (4 cilindros, 150 e 206cv a 2.200rpm) e 7.2 litros (6 cilindros 210 e 310cv a 2.200rpm), respectivamente. Dotado do sistema de injeção eletrônica Common Rail, a nova linha atende a norma Euro 3 e está dimensionada para a Euro 4, prevista para entrar em vigor no País dentro dos próximos anos.

José Eduardo Luzzi, diretor executivo de vendas e marketing da MWM, espera dar um salto nas vendas da marca com os novos produtos. Ele não fala sobre o assunto, mas tem grande expectativa em fornecer o propulsor para a Iveco equipar o modelo médio e semipesado Tector, que utiliza um motor eletrônico importado que eleva o preço do veículo.

Com a nova família acreditamos que vamos chegar a 40% do segmento de ônibus”, conclui Luzzo, que espera ampliar a produção para 82 mil motores este ano. No ano passado a empresa produziu 74.560 unidades. Da produção total da empresa, 55% são destinados à picapes e vans e os outros 45% para caminhões e ônibus. A MWM tem capacidade instalada para produzir 130 motores/ano e conta com 180 profissionais da área de engenharia e infra-estrutura para desenvolver novos produtos.

Desde janeiro de 2004 a empresa colocou em operação um programa de treinamento focado na eletrônica para os profissionais da rede, a qual está sendo equipada com dispositivos de diagnose dos novos motores eletrônicos. Trata-se de uma ferramenta que incorpora recursos para ler e apagar a memória da unidade de comando eletrônica, efetuar testes no motor e várias outras funções.

O motor eletrônico é muito mais eficiente que o mecânico e agora precisamos é de ter um combustível de melhor qualidade”, finalizou Paulo Lozano, diretor de qualidade e serviços da MWM. Aliás, o alto teor de enxofre, mesmo no diesel utilizado nas metrópoles, é um problema a ser resolvido no País.