Por João Geraldo
Foto: Arquivo
Um dos grandes problemas do setor do transporte rodoviário no Brasil é o roubo e furto de cargas. Dados de empresas que disponibilizam tecnologias de rastreadores para inibir a atividade dão conta que as ocorrências estão se tornando cada vez mais frequentes e causando grandes prejuízos a embarcadores e transportadores. A maior parte das ocorrências estão na região Sudeste, com 87,7% dos casos e prejuízo estimado em 775 milhões de reais. São Paulo tem o maior índice, com 44,1% das ocorrências, seguido pelo Rio de Janeiro, com 37,5%.
Em São Paulo, dados do Boletim Econômico Traker – Fecap – indicam que agosto houve crescimento de 60% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já no Estado do Rio de Janeiro foram registrados mais de 6,5 mil casos até setembro deste ano, 31% acima das ocorrências no mesmo período de 2015. O Nordeste também se destaca, pois de acordo com a Delegacia Especializada de Combate a Roubos de Carga (Decarga), na Bahia as ocorrências cresceram 30% este ano.
Levantamento realizado pela NTC & Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logísticas), a respeito dos roubos de cargas de cargas em 2015 no Brasil, apontou crescimento de 10% em relação ao índice registrado no ano anterior. O valor das mercadorias perdidas atingiu 1,12 bilhão de reais
Além dos produtos mais visados como eletroeletrônico e farmacêuticos tem aumentado também a interceptação de produtos de higiene pessoal. De acordo com relatório mensal elaborado pela Joint Cargo Commitee, um comitê misto formado por representantes da área de avaliação de risco do mercado segurador de Londres, apontou que trechos das rodovias BR-116 (Curitiba-São Paulo e Rio de Janeiro-São Paulo); SP 330 (Uberaba – Porto de Santos) e BR-050 (Brasília –Santos) são consideradas áreas com risco muito alto para as ocorrências.