Uma das principais reclamações dos motoristas em relação à má conservação das estradas é a sinalização. Relatam que as placas quando não se encontram escondidas entre a vegetação estão ilegíveis, destruídas ou simplesmente não existem, uma situação que diminui a segurança no trânsito. Além disso, a falta de indicações em locais com obras ou circulação intensa de pedestres, ciclistas ou motociclista exige do condutor atenção redobrada para não colocar em risco a vida dessas pessoas. De acordo com dados estatísticos do Banco Mundial 50% das 50 mil pessoas que morrem anualmente no Brasil em acidentes de trânsito fazem parte desse grupo.

Os estudos mostram que a falta de sinalização compromete a segurança e o fluxo do trânsito. Para Áurea Rangel, química, mestre em engenharia de materiais e diretora executiva da Hot Line – empresa especializada em desenvolvimento de materiais para sinalização viária horizontal -, uma das medidas para reduzir estes índices é manter as indicações das vias em condições adequadas de visibilidade. “A falta de sinalização compromete a fluidez e a segurança de motoristas, motociclistas e pedestres, mas é importante que se respeitem as condições necessárias para a correta aplicação do material e zele por sua qualidade, utilizando o dinheiro público com responsabilidade”, afirma.

Em alguns países, conforme explica Áurea, a sinalização de ruas e avenidas tem uma grande parcela direcionada a orientar também os pedestres. Estas sinalizações são compostas de placas e demarcações em pavimentos, com materiais anti-derrapantes e resistentes às intempéries. No Brasil, porém, esta prática não é muito utilizada. O Programa de recapeamento de ruas e avenidas que está sendo executado na cidade de São Paulo é o maior da história da capital. Porém, dos 207 pontos que foram reformados, 100 estão sem sinalização(DG).