As pesquisas para se desenvolver caminhões pesados mais seguros levou a Scania da Europa a chegar em um tipo de cabine que absorve a batida frontal. A meta é dotar as novas cabinas com uma frente de aproximadamente um metro para absorver a energia das colisões. A idéia tem grandes chances de ser adotada na comunidade européia, o entrave, porém, está na legislação, porque o caminhão ficaria mais longo do que o regulamentado.
De acordo com Mattias Sjöberg, do departamento de desenvolvimento de chassi e pesquisa de segurança nas estradas da Scania, na Suécia, uma saída seria ganhar na parte traseira do caminhão o que se perde na frente, para atender a legislação de trânsito. As medidas regulamentadas são as seguintes: cavalo-mecânico mais carreta com três eixos, 16,30m e 40 toneladas de PBTC; caminhão rígido com um semi-reboque de quatro eixos acoplado, 18,75m e 44 toneladas e cavalo-mecânico com dois semi-reboques interligados por dolly, 25,25m e 60 toneladas. Outras composições são caminhão rígido com semi-reboque de três eixos e cavalo-mecânico com um trailer de quatro eixos (1+3) e um segundo de dois eixos.
“Com o nariz na parte frontal, o impacto a 90km/hora será o mesmo de um à velocidade de 60km/hora e a expectativa é de que se salvaria entre 200 e 300 mortes por ano na Europa em colisão de caminhões pesados”, explica Sjöberg. Ele acrescenta que 30% dos acidentes acontecem porque o motorista cochilou no volante. Para tentar resolver as colisões em decorrência do sono do motorista, a Scania já desenvolveu na Suécia um sistema eletrônico que dispara um sinal sonoro, caso o motorista cochile e o caminhão atinja a faixa de sinalização, é mais um artifício para reduzir os acidentes.